POR O GLOBO
O hospital já realizou 15.584 cirurgias, 72 transplantes e mais de 380 mil exames
RIO — Com apenas 8 anos, Caio Emílio Munk teve de ser submetido a uma cirurgia de reconstrução do quadril. A intervenção médica se fez necessária devido a alterações neurológicas diagnosticadas desde o nascimento do menino. A intervenção foi realizada no Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire, que já efetuou cerca de 700 cirurgias como esta em outros pacientes, de março de 2013 a fevereiro de 2016. No total, o hospital registrou 15.584 procedimentos cirúrgicos, 72 transplantes e mais de 380 mil exames laboratoriais.
— Este procedimento é realizado quando o bebê nasce com alterações neurológicas. Conforme o tempo vai passando, o quadril vai se deslocando e a criança perde a pouca coordenação motora que tem. No início, o tratamento pode ser feito com analgésicos e anti-inflamatórios, associados à redução de atividades de impacto, mas o ideal, principalmente para aqueles que não respondem a essas medidas, é a cirurgia de reconstrução do quadril — disse o cirurgião da equipe de ortopedia do hospital, Márcio Cunha.
Mãe de Caio, Cíntia da Silva destaca as novas conquistas do filho, após a cirurgia.
— O hospital salvou a vida ortopédica do Caio. O quadril foi alinhado e hoje ele tem qualidade de vida, consegue ficar em pé e já está no andador — afirmou a dona de casa.
O Hospital da Criança é a primeira unidade do Estado do Rio de Janeiro voltada para atendimento pediátrico. A unidade conta com 57 leitos de enfermaria; 10 de UTI neonatal; 10 de UTI pediátrica; quatro salas cirúrgicas; cinco consultórios de ambulatório; um consultório odontológico; e uma oficina de próteses.
O hospital oferece ainda exames de ultrassonografia, tomografia computadorizada, ecocardiografia, raio-X, endoscopia, colonoscopia, broncoscopia, além de serviços de quimioterapia ambulatorial, fisioterapia e apoio psicológico/social.
Outra cirurgia realizada no Hospital Estadual da Criança, tão delicada quanto a de quadril, e com garantia de sucesso, é a de pé torto. Miguel Fernandes, de 2 anos, foi um dos beneficiados.
— O Miguel foi operado de pé torto e logo depois da cirurgia, já com gesso, andava com o pé certinho. A equipe de ortopedia sempre foi muito atenciosa com ele — contou a mãe, Margareth Fernandes.
Segundo o cirurgião da equipe de ortopedia, o Hospital da Criança conta com um laboratório especializado para atender essas crianças. A unidade já realizou 230 cirurgias de pé torto.
— Lá, eles são submetidos a métodos, tratamentos e todo acompanhamento médico necessário. O ideal é que essa cirurgia ocorra o quanto antes. Assim, antes de um ano, o pé já está corrigido — ressaltou Márcio Cunha.
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